sábado, 15 de setembro de 2007

traslado

As pernas tremiam. Agora, na beira, o menino não sabia se tinha coragem de pular. A altura era vertiginosa, contudo os demais já haviam saltado daquela que era a mais emocionante das aventuras: a Ponte enferrujada do forte. Era uma mistura de ânsia e medo, pressão e desejo. Poderia machucar-se? Sim... Mas a meninice fala mais alto, não é? Mais alto que a vertiginosa Ponte enferrujada do forte. "Pula!", foi o alerta. E saltou. Então, assim suspenso no ar, não mais que um segundo, o infinito tocou o menino e o menino gostou do tal infinito. Aí, tudo se quebrou: a Ponte virou ponte, mesmo que a lembrança teime em dizer que foi uma senhora PONTE.

1 comentários:

Anônimo disse...

É necessário ter alma de criança para cetas aventuras. E alma de poeta para saber descrevê-las. :)

Abraço!

Ass.: menina gauche