sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Passeio de Flanêur

Eu vim daquela rua de baixo
carregando estes sentimentos até aqui.
Vi uma menina com flores na mão,
Falei com as palavras, escrevi pessoas.
Plantei numa terra infértil as flores mais lindas.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Que nostalgia, que nada!
É saudade mesmo.
Daquelas que entortam versos,
daquelas que acendem cigarros...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Queda livre

Via o chão se aproximar. Então teve a subta idéia de não aparar a queda. Um estranho desejo de sentir a dor aguda e de despertar o sentidos do torpor no qual seu corpo, que nunca fora tocado por niguém, estava aprisionado, a guiavam para um caminho sem volta. 50 cm. Pensou em toda polidez nos gestos dos homens que conhecia. 40 cm. Eles não a desejavam, eles não a desvirginaram e tudo isso lhe consumia. 30 cm. Era a dor do desejo desejando um pouco dor. 20 cm. Apertou as mão. 10 cm. Sentiu os primeiros sintomas do medo, mas permaneceu firme em sua decisão. 9 cm. Fechou os olhos e largou os braços. 5 cm. Sentia o medo ceder lugar ao antegozo... Com olhos ainda fechados, percebendo que não setira o baque, teve a ligeira impressão de ter perdido a capacidade de sentir qualquer coisa. Ao abrir os olhos, percebeu que ainda estava em seu pequeno quarto. Em suas mão, um pequeno rascunho que acabara de escrever. Terrível ilusão. Ela sonhara o conto que escrevera.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Agora nada mais importa.
Este meu quarto de dois lugare e
um travisseiro
não me fere, não me cansa...

domingo, 2 de dezembro de 2007

engodo

A porta tá aberta, amor!
... aporta, amor! ...
mais uma vez esqueci que você se foi.
ainda não me acostumei a fechar as portas.

melancólyca


Um Suspiro, um fim de tarde...
O conhaque desse seco,
as plavras não.

Como gostaria de ter para esta tarde,
em vez do gosto amargo,
aquela útlima dose de compaixão...