Gostaria de dizer coisas simples
Mas sou tão complexo...
Tenho desejo de ser mais objetivo
Mas tudo ao meu redor se apresenta turvo e sem muito sentido
Então resta dar a mão
não aquilo que os olhos vêem
mas aquilo que a mente engana
que o coração finge sentir:
fragmentos de uma meia verdade.
vejam meu fracasso novamente...
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Quase catarse
Postado por flâneur desvairado às 23:13 1 comentários
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
CIBERCU...
"o humano é reduzido ao nível das bestas". Esse pequeno trecho da página 14 de um dos famosos textos de Pierre Levy, CIBERCULTURA, anteviu o que logo aconteceria. O grotesco cenário rompeu a atenção da minha cotidiana leitura de ônibus. E como não notar? Era mais um Jõao Estatística da Silva que morria enquanto sua cabeça era esmagada pelos pés de outros tantos Joãos. Por que? Porque ele escolheu a cor errada, a camisa errada, o dia errado, o sexo errado, a religião errada; porque suas opiniões deveriam ser plasmadas afim de preservar a manutenção da soberania dos macacos. Mas o maior problema da morte do João, cujo sangue agora rega "as flores nas encostas" do asfalto desta cidade, é que ele não morreu sozinho. João levou consigo mais um pouco de minha atenção (Nestes dias não vai me restar mais nada) e deixou o gosto de seu sangue em minha garganta. O gosto do sangue de João tem gosto diferente de tudo que já provei. É uma mistura de impotência e omissão, Sabe? É... João devia ser um cara legal. Não sei se era esperto. Bem, de uma coisa eu tenho certeza: se a sabedoria de um homem fosse mensurada pelo sangue que lhe entorna, João deveria ser esperto pra burro. Mas os burros não precisam de espertalhões, não é mesmo? Isto é uma merda! Não sei onde parei em meu Levy. Já sei! Parei na "aceitação"...
Postado por flâneur desvairado às 23:35 2 comentários
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
à menina gauche
Nasci poeta do ventre de tua mão, poetisa.
Agora toda criação está gemendo como dores de parto.
Parto para não viver de ausências,
Parto para cumprir o fado.
Agora toda criação está gemendo como dores de parto.
Parto para não viver de ausências,
Parto para cumprir o fado.
Trouxeste contigo a flor que me espanca,
a palavra que me ceifa.
Postado por flâneur desvairado às 22:58 5 comentários
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
misturo aquele que sou
com este que
............................Fui
a voraz necessidade de dizer
ea desejada calma do silêncio intácto
............................para
enfim unir-as-duas-pontas de
............................Minha existência
em um plano harmonioso
............................Que não passa de
palavras mortificadas neste
............................Discurso ao vento
com este que
............................Fui
a voraz necessidade de dizer
ea desejada calma do silêncio intácto
............................para
enfim unir-as-duas-pontas de
............................Minha existência
em um plano harmonioso
............................Que não passa de
palavras mortificadas neste
............................Discurso ao vento
Postado por flâneur desvairado às 23:45 4 comentários
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